A vacinação é, sem dúvida nenhuma, uma das primeiras medidas que deve tomar para proteger o seu animal de estimação.
Existem vacinas para algumas das doenças infecciosas mais frequentes e mais graves dos cães e dos gatos. O processo de vacinação deve ser efectuado sempre por um médico veterinário, pois apesar de ser um procedimento aparentemente simples e de serem pouco frequentes as complicações, caso ocorram, muitas vezes a assistência tem que ser imediata. O ato da vacinação deve ser sempre precedido de um exame clínico minucioso para garantir que o animal a vacinar está saudável e em condições de ser vacinado. Além disso, o plano vacinal tem de ser adaptado à idade, estado de saúde e estilo de vida de cada animal.
A vacinação do seu cachorro ou gatinho é importante porque apesar de após o nascimento os animais que tenham uma boa amamentação adquiram algumas defesas que lhes são transferidas da mãe, estas defesas têm duração curta, limitada e variável consoante as doenças. Se não forem convenientemente imunizados (vacinados) podem ficar desprotegidos.
Importa realçar que as vacinas não impedem que o animal contacte com os agentes infecciosos, mas sim que, caso contacte, o sistema imunitário esteja o mais preparado possível para os enfrentar.
Existem vários protocolos vacinais possíveis e adequados. É necessário aconselhar-se com o seu veterinário habitual que lhe esclarecerá outras dúvidas que possa ter e aconselhará o protocolo vacinal mais adequado para o seu animal. No entanto, para algumas doenças é extremamente importante iniciar a vacinação logo aos dois meses de idade.
No caso dos cães, a parvovirose e a esgana são das doenças mais graves e frequentes nos cachorros, seguidas de perto pela hepatite e leptospirose. Além destas, a tosse do canil, a piroplasmose (babesiose) e a leishmaniose são doenças para as quais também existem vacinas disponíveis.
Muitos proprietários desconhecem que os gatos devem também ser vacinados. A herpesvirose respiratória, a rinotraqueíte infecciosa e a panleucopenia infecciosa são bastante comuns e frequentes em gatinhos e se o gato tiver acesso à rua deve ainda ser vacinado contra a leucose felina.
Normalmente, as primeiras vacinas podem requerer um reforço, mas após o primeiro ano e salvo raras exceções a vacinação é repetida anualmente.
O que é uma vacina e como funciona?
As vacinas contêm uma pequena porção de organismos mortos ou vivos. Estes desencadeiam uma resposta por parte do sistema imunitário de modo a proteger o animal contra infecções subsequentes, através de um processo que se chama imunização. Na aquisição da imunidade, o animal produz anticorpos para neutralizar ou destruir os agentes infecciosos ou as toxinas. No entanto, o animal pode não ganhar imunidade contra o que foi vacinado, se não reunir uma série de requisitos – por isso é tão importante o check-up antes da administração da vacina! A vacinação só deve ser realizada em animais saudáveis. A imunidade que a mãe transmite aos cachorros também interfere, podendo bloquear a capacidade do cachorro de produzir anticorpos. É este o motivo pelo qual há idades específicas para vacinar.
Quantas vezes o meu cão tem de ser vacinado? E contra o quê?
De acordo com as mais recentes diretrizes, enquanto cachorros, deverão ser vacinados a partir das 8 semanas contra a esgana (D), a parvovirose (P) e a hepatite infecciosa canina (H). Deverão realizar 2 reforços, com 3 a 4 semanas de intervalo. Juntamente com o último reforço DHP, deverão levar a 1ª dose contra a leptospirose (L) e fazer uma 2ª dose após 3 a 4 semanas. A vacina da raiva (obrigatória em Portugal) pode ser administrada a partir dos 3 meses. Em conformidade com os últimos estudos, os cães necessitam de um reforço vacinal passado um ano da última dose de DHP e L e, subsequentemente, de 3 – 3 anos para DHP. A Leptospirose necessita de reforço a cada 6 – 12 meses e a raiva a cada 1 – 3 anos. A imposição da Lei portuguesa foi alterada e a validade da vacina varia de acordo com o Laboratório que a produz.
E o meu gato?
Enquanto gatinhos, deverão ser vacinados a partir das 8 semanas contra o calicivírus felino (C), o vírus da panleucopénia felina (P) e o herpesvírus felino (R). Deverão realizar 2 reforços, com 3 a 4 semanas de intervalo. Juntamente com o último reforço CRP, deverão realizar o rastreio dos vírus FIV e FeLV. Se forem negativos para o FeLV e se tiverem acesso à rua, os gatos deverão ser vacinados contra esta doença e fazer um reforço 3 a 4 semanas depois. A vacina da raiva, que não é obrigatória para gatos em Portugal, pode ser administrada a partir dos 3 meses de idade. Em conformidade com os últimos estudos, os gatos necessitam de um reforço vacinal passado um ano da última dose de CRP e FeLV e, subsequentemente, de 3 – 3 anos. A imposição da Lei portuguesa foi alterada e a validade da vacina varia de acordo com o Laboratório que a produz.
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